quinta-feira, 26 de maio de 2016

Resenha: American Horror Story, Asylum (2ª Temporada)


Se misturarmos uma boa dose de loucura, extraterrestres, possessões demoníacas, um médico nazista sádico, um serial killer, sexo, freiras e padres num manicómio, o que teremos? A segunda temporada de American Horror Story: Asylum! Murder House foi muito boa, porém Asylum não fica em nada para trás. 

Já sabemos que AHS não é uma série como as outras, cada temporada conta uma história diferente com começo, meio e fim. Na segunda temporada conhecemos a história dos moradores da Instituição Mental Briarcliff, no ano de 1964. O tema principal é a saúde mental e o desenrolar de cada história é assustadoramente intrigante. Diferente de Murder House, onde o foco estava voltado para os espíritos de pessoas que morreram na casa, em Asylum podemos acompanhar histórias de pessoas que estão bem vivas, mesclando o quotidiano com a ficção. 

"A história diz que uma vez que você era admitido no Briarcliff, você nunca mais conseguia sair."
Teresa (Jenna Dewan-Tatum) 


No primeiro episódio vemos um casal a visitar o que restou de Briarcliff e a frase que acabaram de ler em cima, já é um presságio do que virá nos 12 episódios seguintes... Já podemos sentir o pânico, a tensão e todo o suspense desta temporada nas primeiras cenas. Claro, não podia faltar as cenas de sexo, pois em AHS sexo é igual a acontecimentos maus (de onde os roteiristas tiraram essa associação?).
E quem disse que a curiosidade matou o rato estava coberto de razão! Lana Winters (Sarah Paulson), uma repórter muito curiosa, acabou dando-se muito mal por conta da sua curiosidade. Como a Instituição tratava os pacientes de forma precária, utilizando tratamentos nada humanos como lobotomias, terapia de choque, terapia de inversão (utilizada amplamente para o "tratamento" de homossexuais na época), experiências absurdas com os pacientes por parte do Dr. Arthur Arden (James Cromwell), Lana "Banana" resolveu investigar o local e acabou sendo presa pela Irmã Jude (Jessica Lange). Presa sob a alegação de comportamento homossexual, Lana passa a ser paciente do manicómio e lá vivência momentos de terror.   

O desenrolar da história de Lana é simplesmente surpreendente e pergunto-me como esta mulher conseguiu sobreviver a tudo o que ela passou. Não contarei os detalhes para não perder a graça do episódio. Sarah Paulson interpretou perfeitamente o papel e surpreendi-me muito com esta atriz. Vivenciando os horrores do manicómio e abandonada por quem mais amava (pelo menos na cabeça dela), o objetivo de vida era fugir de Briarcliff e fechar de uma vez o local.
Outra personagem que conhecemos no manicómio é Kit Walker (Evan Peters). Kit é levado para Briarcliff, acusado de ser o serial killer assassino de mulheres, conhecido como Bloody Face. É Kit também que tem contacto com os extraterrestres.  

Evan Peters como Tate foi excelente, mas como Kit ele destacou-se e muito! O doce rapaz casado com Alma, de um dia para o outro é acusado de ter matado a esposa e de ser um serial killer passando a morar num manicómio e a sua realidade é transformada num caos. Lá, ele conhece Grace, uma paciente que foi internada e acusada de ter matado a sua família. Kit passa a ser tratado pelo Dr. Oliver Thredson (Zachary Quinto). Acha que a história deste núcleo de personagens é simples? Engana-se! Tem tanta coisa que acontece que envolve estas personagens que nós ficamos de cabelos em pé! Só dou uma dica: Nem tudo o que parece, é! Quando nós pensamos que já aconteceu de tudo em AHS, nós descobrimos que isso era apenas o começo...
E para controlar este bando de loucos, óbvio que é necessário que o dirigente seja uma pessoa sã, correto? Enganou-se novamente! Os administradores do hospital: a severa Irmã Jude (Jessica Lange), segundo em comando Irmã Mary Eunice (Lily Rabe) e o fundador da instituição, o Dom Timothy Howard (Joseph Fiennes) parecem ser mais loucos do que os pacientes! Ah, já falei que o médico responsável pelos pacientes, Dr. Arthus Arden (James Cromwell), é um cientista sádico nazista? Já falei que ele faz experiências nos pacientes, transformando-os em aberrações? Entendem agora porque é "impossível" sair de Briarcliff?

Nos primeiros capítulos da temporada nós começamos por odiar a Irmã Jude... Com o passar dos episódios e o desenrolar da história, nós descobrimos que ela não é tão má assim e tem o seu lado humano e gentil. Li algumas críticas sobre Asylum e vi que algumas pessoas não gostaram do "final feliz" dado à Irmã Jude, eu particularmente achei justo e merecido, além de bonito. Jude teve a sua cota de sofrimento após a traição que sofreu e o seu período de internamento no Briarcliff.  
Tem muito mais história para ser contada, mas como disse anteriormente, se eu contar vai perder a piada. American Horror Story: Asylum é tão boa (ou até melhor) quanto Murder House. Boa parte do elenco fez parte da terceira temporada e pelo que vi, Coven também é boa, mas não foi o que eu esperava. Mas isso é para ser contado noutro post.


Se já assistiram à segunda temporada, deixem nos comentários a vossa impressão do último episódio. Eu fiquei com a impressão de que nada daquilo era real... 


Boa leitura!
Até o próximo post!

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